CUFA Rio Grande do Sul leva a pauta da emergência climática do estado às atenções globais na Expo Favela em Paris na França e AI for Good Summit, em Genebra, na Suíça.

INTERNACIONAL

7/10/20253 min read

Neste mês de julho, a Central Única das Favelas do Rio Grande do Sul (CUFA RS) marca presença em dois dos principais eventos internacionais voltados à inovação social, desenvolvimento sustentável, justiça climática e inteligência artificial: a Expo Favela Paris, na França (realizada em 4 e 5 de julho), e o AI for Good Summit (que ocorre de 8 a 11 de julho), em Genebra, na Suíça — encontro global promovido pela União Internacional de Telecomunicações (ITU), em parceria com mais de 40 agências irmãs da ONU e co-convocado pelo Governo da Suíça.

Emergência climática do Rio Grande do Sul no centro do debate internacional

A CUFA Rio Grande do Sul apresentou nos painéis da Expo Favela Paris — e apresenta, nesta semana, no AI for Good Summit — o relato direto do que o estado vem enfrentando nos últimos três anos: uma sequência devastadora de enchentes que se tornaram mais frequentes, intensas e destrutivas. Em 2024, o Rio Grande do Sul viveu a maior tragédia climática de sua história, com centenas de cidades atingidas, mais de 700 mil pessoas desalojadas e milhões afetadas. Em 2025, milhares de famílias seguem fora de casa, enfrentando o frio, a perda e a incerteza.

A instituição tem atuado sem parar ao lado dessa população, organizando salvamentos, estruturando abrigos, limpando escolas, hospitais e moradias, e mobilizando uma rede que já entregou mais de 4 mil toneladas de doações. A CUFA instalou lavanderias sociais, ativou cozinhas comunitárias e protagonizou ações de recuperação econômica para as famílias em situação de vulnerabilidade social.

Ao compartilhar essa experiência nos dois principais eventos internacionais sobre inovação social e enfrentamento de crises globais, a CUFA Rio Grande do Sul reforça um alerta: não há como falar em crise climática sem ouvir as favelas. Os territórios periféricos seguem sendo os mais afetados e menos protegidos — e é a partir deles que também nascem soluções reais, urgentes e eficazes.

Participação na Expo Favela Paris (4 e 5 de julho)

Na Expo Favela Paris, a CUFA Rio Grande do Sul destacou suas experiências em inovação social, geração de renda, inclusão produtiva e empreendedorismo nas favelas. A participação evidenciou que soluções concretas surgem do território, com base na escuta, articulação comunitária e criatividade popular. Também tivemos a participação do Governador Eduardo Leite e do Secretário-executivo do programa RS Seguro, que participaram de palestras sobre políticas públicas e comunidades do nosso estado.

Participaram da Expo Favela Paris os seguintes gaúchos:

  • Junior Torres – Presidente da CUFA Rio Grande do Sul.

  • Tati Morais – Empreendedora e fundadora do Sabão da Tinga.

  • Rodrigo Borba – Líder das CUFA em Viamão e Alvorada.

  • Vinicius Duarte – Coordenador da CUFA Bom Jesus, em Porto Alegre, e da Taça das Favelas RS.

  • Vitor Dutra – Videomaker e membro da equipe de Comunicação da CUFA RS.

  • Gabi Valente – Empreendedora e fundadora da Escola de Diarista.

  • Antônio Padilha – Secretário-executivo do programa RS Seguro.

  • Eduardo Leite – Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

Participação no AI for Good Summit (8 a 11 de julho)

Durante a AI for Good Summit, a CUFA Rio Grande do Sul está apresentando as estratégias desenvolvidas no estado diante da crise climática. O presidente Junior Torres detalha como a CUFA tem combinado escuta ativa, ação direta e tecnologias sociais para proteger comunidades vulneráveis — e como a inteligência artificial pode ser uma aliada no planejamento de respostas emergenciais.

Além disso, Junior Torres representa a organização em agendas internacionais, buscando parcerias que qualifiquem projetos e políticas públicas voltadas às favelas gaúchas.

Participante do AI for Good Summit:

  • Junior Torres – Presidente da CUFA Rio Grande do Sul.

“A CUFA Rio Grande do Sul trabalha diariamente para fortalecer os territórios, promover o desenvolvimento social e construir pontes entre favelas, empresas e poder público. Estar nesses dois eventos internacionais, ao lado de tantos atores relevantes, é a oportunidade de levar para o centro do debate global o que vivemos no nosso estado: uma crise climática que exige respostas urgentes e soluções estruturantes, mas que também mostra o poder de mobilização das favelas.”

Junior Torres, presidente da CUFA RS