Pesquisa inédita mapeia necessidades das favelas do Rio Grande do Sul
Neste último final de semana, a equipe da CUFA Rio Grande do Sul, em parceria com o Instituto Data Favela, esteve em campo aplicando questionários em mais de 200 favelas espalhadas por mais de 50 cidades do estado.
INSTITUCIONAL


Neste último final de semana, a equipe da CUFA Rio Grande do Sul, em parceria com o Instituto Data Favela, esteve em campo aplicando questionários em mais de 200 favelas espalhadas por mais de 50 cidades do estado. A ação, conduzida por lideranças locais, teve como foco escutar diretamente quem vive nas favelas gaúchas — territórios que enfrentam, pelo terceiro ano consecutivo, os impactos das enchentes e das desigualdades históricas.
A pesquisa tem como objetivo mapear de forma inédita dados sobre consumo, necessidades básicas, prioridades e expectativas dos moradores. A expectativa é que os dados levantados ajudem a orientar políticas públicas mais eficazes e iniciativas privadas de impacto social com foco no fortalecimento das favelas do estado, especialmente neste contexto de reconstrução.
A mobilização no Rio Grande do Sul integra uma ação nacional liderada pelo Data Favela, instituto fundado por Celso Athayde e Renato Meireles, em parceria com a CUFA (Central Única das Favelas). Entre os dias 4 e 6 de julho, mais de 16 mil moradores de favelas em todos os estados brasileiros participaram da maior pesquisa já realizada nesses territórios, com a coleta de informações sobre hábitos, consumo, desafios e potenciais das favelas brasileiras.
Com atuação em todos os estados do país, o levantamento contou com milhares de entrevistadores identificados com camisetas do Data Favela e da CUFA, que foram às ruas para garantir que a escuta fosse feita com responsabilidade, proximidade e representatividade. Os dados serão apresentados no dia 18 de julho, em coletiva de imprensa no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A partir dessa data, os recortes locais também serão divulgados, contribuindo para o planejamento de ações públicas e privadas nas favelas do país.
Junior Torres, presidente da CUFA Rio Grande do Sul, reforça:
“Estamos num momento em que ouvir os territórios é fundamental. Essa pesquisa vai trazer à tona o que de fato está acontecendo nas pontas — não apenas em números, mas em realidades. O que estamos fazendo aqui é um retrato fiel das urgências e das potências das nossas favelas. É um instrumento poderoso para transformar diagnósticos em ações concretas.”